Levantamento mostra queda do índice de infestação da dengue em Itabuna

Agente de endemias finaliza exames de larvas
Ascom/Gabriel de Oliveira

A Secretaria de Saúde de Itabuna divulgou Nota Técnica com os resultados do Levantamento Rápido Amostral do Aedes aegypti (LIRAa) realizado pela Prefeitura de Itabuna, no mês de março. Os dados, após correções técnicas, apontam queda de 2,3 pontos percentuais no índice de infestação predial que agora chega a 21,3% ante 23,68% registrados pelo LIRAa realizado na zona urbana no mês de janeiro passado.

Pelo levantamento, realizado de 24 a 27 deste mês, por uma equipe de 155 agentes de combate às endemias, supervisores e coordenadores, foram visitados 3.463 imóveis sorteados em 57 bairros da cidade, distribuídos em oito estratos. A Nota Técnica diz que o LIRAa de março indica também que está correta a estratégia de combate às larvas do mosquito Aedes aegypti, principalmente com a mudança do inseticida Diflubenzuron para o Novalurun.

A Secretaria da Saúde também mensurou no levantamento os resultados em 34 bairros que foram tratados com o Novaluron (59,64%) e 23 com o Diflubenzuron (45,36%).  “Desses 34 bairros (Novarulon), 22 bairros tiveram uma queda do IIP, representando uma redução de 64,70% do total de bairros. Já os bairros tratados com o Diflubenzuron, total de 23 bairros, representou uma redução de 47,82% (11 bairros) do total de bairros. Enquanto o aumento do IIP foi de 57,17 do total de bairros (12 bairros -)” tratados com o Difubenzoron, diz a Nota.

Segundo, a Secretaria da Saúde outro aspecto que melhorou a redução tanto de índice de infestação predial quanto a redução dos casos foi a efetivação da equipe de bloqueio no tratamento dos pontos estratégicos, além da supervisão com uma melhor estrutura de serviço das demais equipes.             Também ficou comprovada a circulação dos sorotipos DENV4. 

Pelo levantamento, a maioria dos criadouros onde foram encontradas larvas do mosquito estava em nível do solo (toneis, baldes, etc.), representando 45,9% do total de recipientes com larvas. Já depósitos móveis (vasos de plantas, pratos, bebedouros de animais, etc.) representaram 26,4%, enquanto caixas d’água 11,3%, depósitos de lixo e resíduos sólidos 7%, pneus 1,5% e depósitos naturais (bromélias, buracos em arvores, etc.) 1,2%.

O Departamento de Vigilância em Saúde faz algumas recomendações para que se evite uma epidemia, gravidade ou óbitos por dengue. Entre as quais estão: vedação com telas de recipientes externos para coleta e armazenamento de água; mobilização continua de cada morador dentro de sua casa para eliminação de criadouros doo mosquito; mobilização da sociedade e dos agentes de controle de endemias para eliminar possíveis criadouros do Aedes aegypti; prover unidades de saúde do material necessário (soro, medicação, água, termômetro, etc.); disponibilização de hemograma completo dos casos suspeitos, dentre outras.